Todas as mulheres que querem engravidar devem, independentemente do seu estado aparente de saúde, preocupar-se com cuidados pré-concepcionais. E, na mulher com diabetes, estas medidas são mesmo essenciais. Pela sua saúde e pela do seu filho.
Preparar-se antes de engravidar deve ser uma exigência para todas as mulheres com diabetes.
Por razões ainda não totalmente explicadas, a glicemia elevada pode induzir alterações na formação dos órgãos do bebê. Quanto mais elevada a glicemia, maior o risco de malformações (que pode chegar a ser 10-15 vezes superior ao risco da população em geral).
Durante as primeiras 8 semanas de gestação, a mulher com glicemia elevada tem um risco de aborto espontâneo e malformações fetais muito superior ao da população em geral. Até às 8 semanas, formam-se a maioria dos órgãos do embrião. É por isso um período em que este é extremamente sensível a agentes externos. Como a maioria das mulheres vai à primeira consulta já depois das 8 semanas, é fácil perceber que nesta altura é já tarde para alterar o risco de malformações.
Preparar a gravidez
A preparação para a gravidez numa mulher com diabetes implica uma equipa de vários profissionais de saúde, mas o principal interveniente é ela própria. A mulher tem de ser o membro mais ativo desta equipa, empenhando-se em obter o controlo metabólico e modificando hábitos menos saudáveis.
A mulher deve preocupar-se em ter uma alimentação regular e equilibrada, evitar o consumo de certas substâncias, de que são exemplo o tabaco, o álcool e drogas, ter as vacinas atualizadas. E, primeiro que tudo, não parar a contracepção até estar segura que realizou todos os exames necessários e que se atingiu valores de glicemia adequados e estáveis. Pode existir necessidade de mudar terapêutica que não seja segura durante a gravidez.
Com a normalização da glicemia previamente à gravidez estão diminuídos os riscos de malformações fetais e o aborto espontâneo.
Fonte: APDP
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