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Fertilização in vitro é possível após transplante cardíaco



Uma gravidez na Argentina, que foi concebida por fertilização in vitro numa mulher que fez umgravidez em mulher transplantada transplante cardíaco foi um caso de sucesso e dá agora esperança às mulheres transplantadas e com baixa fertilidade.

É uma nova esperança, porque ao se passar por um transplante cardíaco a capacidade de reproduzir fica bastante afetada devido a variados factores, incluindo a medicação, que não é apenas temporária, mas sim faz parte da rotina.

Este caso é único, pois “não existem antecedentes no mundo de uma paciente transplantada que tenha conseguido ficar grávida por fertilização in vitro” afirmou Gustavo Leguizamón, chefe da Unidade de Gravidez de Alto Risco do Centro de Educação Médica e Pesquisas Clínicas em Buenos Aires.

A paciente Juliana Finondo efetuou um transplante de coração há 13 anos. Depois de tentar engravidar por via natural durante o período de dois anos, recorreu à fertilização in vitro, sabendo mesmo assim que só teria 25% de hipóteses de conseguir. No entanto, Juliana conseguiu engravidar à primeira tentativa. Ainda que tivesse passado por vários procedimentos para garantir a sua segurança.

Juliana deu à luz a 15 de Janeiro, e não teve qualquer tipo de complicações e a bebê, Emilia, veio ao mundo sem qualquer problema.

A equipa médica considera que a paciente poderia passar por riscos e colocar o feto em risco também, mas “os efeitos dos imunossupressores no feto não são conhecidos”. Por isso, foi montado um plano especial de medicação que evitasse a rejeição do coração e que de outra forma permitisse a gravidez.

O desafio da concepção foi superado, no entanto todo o tempo de gestação trouxe novas complicações: “nas pacientes cardíacas, ainda mais as transplantadas, uma das coisas que deve ser controlada é o crescimento normal do bebê no útero” referiu Leguizamón.

Afirmou também que na gravidez “o volume de sangue aumenta 40% e isso é muita sobrecarga para o coração. Esta situação faz com que não chegue sangue suficiente ao útero e o bebê se adapta crescendo menos, portanto a ameaça é a prematuridade”.

Apesar dos riscos, e de todo o controlo e trabalho da equipa médica, este foi um caso de sucesso, e que será uma nova esperança para mulheres na mesma situação que a Juliana.

Fonte: UOL Notícias 

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