A placenta prévia ou a placenta descaída é uma das complicações da gravidez e acontece quando a placenta se implanta na parte inferior do útero, cobrindo parte ou a totalidade da cérvix.
Por outras palavras, a placenta se instala sozinha na frente da cabeça do bebê e cobre a cavidade do colo do útero.
Existem portanto dois tipos de placenta prévia:
- a placenta prévia maior, que cobre por inteiro o colo do útero. Neste caso é impossível o bebê nascer por parto normal.
- a placenta prévia menor, quando ela cobre parte do colo do útero.
No primeiro caso, existe maior ameaça de hemorragia, tanto durante como depois do parto.
Pode constatar isso recorrendo ao diagnóstico através da ecografia das 20 semanas de gestação. Se o exame detectar uma placenta prévia, você poderá efetuar outra ecografia às 34 semanas de gravidez. Também pode prever o problema por meio dos sintomas de placenta prévia.
No entanto, na maior parte das mulheres a placenta tende a deslocar-se para cima em paralelo com o crescimento do útero, separando-se assim da cérvix até ao final do período de gestação. Uma realidade positiva e comprovada pela taxa de apenas 1% de placentas prévias apresentadas por grávidas no último trimestre da gravidez.
Caso contrário, se no período que antecede o nascimento, a placenta continuar localizada na parte inferior do útero, a extração do bebê pela vagina será impossível e você deverá recorrrer a cesariana. Pode ocorrer uma hemorragia, o que por vezes é normal. Mas se o sangramento for abundante, deve consultar imediamente o seu médico e poderá ter de ficar internada no hospital durante o termo da gravidez.
Você corre o risco de ter uma placenta prévia se:
- durante a gestação o tamanho da placenta for maior que o normal (como na gravidez múltipla)
- já tiver tido outra placenta prévia;
- já tiver recorrido a uma cesariana;
- é fumadora.
Em qualquer dos casos, não se esqueça de consultar o seu médico e de tentar seguir um tratamento.
