A relação entre a depressão pós-parto e mudanças hormonais é muito próxima. Segundo uma publicação da revista científica Archives of General Psychiatry, as concentrações da hormona corticrotopina estão muito relacionadas com a depressão pós-parto, que atinge muitas mulheres até três meses depois do parto. 
A corticrotopina (CRH, na sigla em inglês) é produzida pelo hipotálamo em pequenas quantidades como resposta ao estresse, sendo que, nas grávidas, a placenta produz 100 vezes mais CRH que o hipotálamo. De acordo com os pesquisadores da Universidade da California em Irvine, essa hormona prepara a mulher para o trabalho de parto.
Após o parto, os níveis de CRH decrescem e se produz uma retração hormonal que pode causar confusão no sistema endócrino. A CRH causa reações na glândula pituitária que conclui com o aumento da produção das hormonas do estresse, como o cortisol.
Segundo os cientistas, a depressão pós-parto atinge as mulheres com mais mudanças nos níveis hormonais. As mulheres que nas 25 semanas de gravidez apresentavam altos níveis dessa hormona tinham mais risco de sofrer de depressão pós-parto, descobriram os pesquisadores. Portanto, nessas mulheres a atenção aos sintomas da depressão pós-parto devem ser ainda maiores.
A probabilidade aumenta em mulheres que tiveram episódios anteriores de depressão, falta de apoio familiar, baixa auto-estima ou uma gravidez estressante. Se não tiverem um tratamento adequado, as mães com quadros graves de depressão pós-parto podem tentar o suicídio ou causar danos a seus filhos.
